quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Descomplicando a Complicada - PARTE 2




Acho que este tema Descomplicando a Complicada (...da vida) vai acabar ficando igual a filme do Rambo, vai ter a versão 1, 2, 3...9...18...o retorno, a vingança, etc.etc.
Mas os protagonistas aqui somos sempre nós!
Vamos lá. Se coloca aí bem confortável na sua poltroninha que o filme vai começar.
Imagine voce, com várias crianças em casa, com muita energia para dar e vender.
Eles cheios de expectativas sobre o que fazer naquele fim de semana que está chegando, e você sonhando em ter mais tempo para fazer as suas coisas.
Neste caso aqui, a protagonista, que acabou por virar coadjuvante, queria tanto cuidar de um cantinho da casa, mas queria também corresponder às expectativas daqueles pequenos.
Eis que ela foi traída pelo pintor furão, um personagem muito batido, como o pedreiro ou o eletricista furão, aquele que diz que vem e na hora agá, não aparece nem para te dar o orçamento. Ai, que raiva!
Para aumentar a emoção, eis que este filme se passa numa monótona manhã de um sábado bem chuvoso.
O que voce faria?
Vamos ao shopping dar um passeio? Shopping não, minha amiga. Shopping no fim de semana não combina com minha pele. Com um ansiolítico ou dois, talvez...mas melhor não abusar dos medicamentos.
Então vamos ao cinema? No fim de semana e com chuva, vai ter esta mesma idéia você e a torcida do Corintians.
Então vamos ao fast food. A gente compra o lanchinho que vem com brinquedinho e todo mundo fica feliz. Mas este é o programa oficial da quarta-feira para pular o jantar. Se voce faz no sábado, como vai ficar a quarta-feira?
Sabe o que voce faz? Descomplica.
No meu sábado de filme, comprei latas de tinta, rolinhos de pintor e um pincel para cada um. Um pincel para cada um é o segredo para não ter briga!
Depois relaxei, me programei para não criar expectativas se ia ficar bom ou ruim, se ia sujar ou não o chão, se a roupa ia para a máquina ou para o lixo.
Tanto faz, porque o objetivo aqui era VIVER o sábado, não PASSAR o sábado juntos.
Qual a moral deste filme? É simples, curto e grosso:
Quantas vezes nas nossas singulares vidas (porque é uma só até que provem o contrário), nem consideramos o simples para lançar mão do banal, do vazio, do insalubre e anti-ecológico, do aparentemente fácil.
Socorro, meu amigo! 
Toma um remédio para a memória ou procura no Google e resgata brincadeiras e atividades do passado para VIVER com seus filhos. 
Ou voce decidiu TER filhos, como as roupas que tem no armário, ou voce decidiu SER pai (ou mãe).
Decida-se, e eu garanto, é descomplicado.