Eva queria ir à festa com a pantalona nova, e fez a barra com uma fita adesiva. O arranjo não deu certo, e ela acabou tropeçando nas próprias calças.
Adão arranjou uma desculpa manjada, que ficaria no trabalho até mais tarde, para poder driblar a namorada ciumenta e ir ao happy hour só com os amigos. O arranjo não deu certo. A namorada descobriu, e Adão ficou sem namorada naquela mesma sexta-feira.
Cupido, que detestava o próprio nome, seguia pela rua com tráfego proibido para caminhões. Ele tentava arranjar um caminho com menos trânsito, para chegar logo ao seu destino e poder voltar logo para casa. O arranjo não deu certo, pois além de mais trânsito, Cupido encontrou o guarda de trânsito.
Ao sair do bloqueio da polícia com uma dolorida multa, Cupido quase atropela uma moça que tropeçou na própria calça, que estava comprida demais.
Adão, que vinha caminhando pela calçada, meio cabisbaixo pelo fora recém tomado, foi quem salvou Eva. Ao perceber que a moça ia cair no meio da rua, segurou com decisão o seu braço e a puxou para a calçada.
Adão salvou Eva. Cupido ficou ainda mais feliz, pois ele escapou de atropelar a moça, o que seria terrível. Ele pensou que poderia ser preso, e nunca mais voltaria para casa. Cupido ficou muito feliz, mas a única coisa que ele tinha para agradecer Adão, eram flores.
Adão, após o susto, não resistiu e começou a gargalhar, assim que viu a barra das calças de Eva.
Eva, renascida e se achando ridículamente feliz, gargalhou com Adão.
Adão deu as flores que ganhou de Cupido para Eva.
Era um arranjo lindo.
E riram muito, e riram juntos, e foram felizes sempre.
