A única coisa certa desta vida é a morte. Isto é fato e fácil de convencer. Difícil mesmo é aceitar.
Mas será que tem vida na morte?
A flor nasce, abre graciosamente, explode em cores perfumadas e morre. Morre para dar vida ao fruto.
O rio nasce na montanha, cresce a cada curva, mas morre no mar. Morre para dar vida a quilômetros de terras que percorre.
O sol nasce cedinho, aquece nossas vidas, e vai morrer para dar vida à noite e suas sedutoras estrelas.
Um livro nasce nas suas primeiras páginas, nos envolve entre letras e linhas. E seja qual for o final, será sempre "o fim" a sua morte. Mas morre para dar lugar a uma nova estória.
E a própria vida é como um livro. Cada experiência vivida é um capítulo, e cada pessoa que convivemos se torna um personagem. Vivemos sabendo que haverá um final. E as possibilidades são muitas. Necessita cuidado, pois uma comédia romântica pode virar um drama, de uma página para a outra. E a coisa mais dolorida é a repentina perda de algum personagem principal...
E a única coisa certa, é que haverá, afinal, um final.