segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O BEIJO

E o amor era tão grande
Que veio o desejo de se tornar um
E da sintonia se plantaram no beijo


dedicado à Ana Elisa e Claudio

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

ÚLTIMA SEXTA DE LUA CHEIA DE 2013...


Vou aproveitar os ventos favoráveis e misteriosos da noite para me despedir e dizer:

Fechado para balanço.
Volto no ano que vem.
Que venha
Que fome
Que seja

2014



terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Felicidade

As flores podem até ser de plástico
Mas a felicidade tem que ser de carne, sangue e é osso...

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O Todo

Na particularidade, no detalhe é que voce conhece realmente o todo
In particular, in the detail is that you really knows the whole

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Miksang

Miksang, o olhar contemplativo
Miksang, o detalhe
Miksang, o simples
Miksang, como a vida deveria ser

Miksang, the contemplative eye
Miksang, the detail
Miksang, the simple
Miksang, as life should be

terça-feira, 5 de novembro de 2013

A Surpresa





Impressionante como, às vezes, a vida floresce onde jamais imaginávamos que aconteceria…
Amazing as, sometimes, life blossoms where our imagination couldn't reach...

quinta-feira, 30 de maio de 2013

A Menina dos Tres Vestidos

Era uma vez uma menina, que vinha de um planeta de pedra. Em sendo de pedra, havia necessidade de tudo. E as suas tias do outro planeta sempre vinham visitá-la com presentes úteis.
Ao completar 13 anos, Luah, a menina, ganhou tres vestidos:
Um verde, que voava.
Um rosa, que fazia encolher.
Um azul, que fazia sonhar.
Luah achou tudo muito estranho. Voar, encolher..realmente útil. Mas...sonhar, que inútil. Afinal, sonhar se faz toda noite quando se dorme. Quem precisa de um vestido para sonhar?
A festa dos 13 anos foi linda. Como manda a tradição, ela ganhou também uma pulseira de prata com treze pingentes, presente de seu pai.
A vida seguiu e Luah usou tanto aquele vestido verde. E voou no meio das núvens, rasante sobre o mar e até junto com os pássaros migratórios da Patagônia.
E mergulhou no mundo quase invisível aos olhos humanos. Usando o vestido rosa, ficou do tamanho de uma formiga. Ela pode ver de perto uma semente germinar. Passeou com as formigas e conheceu a maravilha da engenharia, que é um formigueiro. E até brincou de esquiar na pétala de uma orquídea branca, muito perfumada.
Dias e anos lindos viveu Luah. Mas o vestido azul continuava lá, pendurado, sem uso.
A vida vai passando cheia de altos e baixos, ganhos e perdas. E perdas e mais perdas.
Até o dia em que ela perdeu a esperança.
Não se sabe ao certo se foi a doença, a morte, a decepção ou o coração a causa de tudo.
Mas fato é que a esperança se foi, e não havia recuperação. Ela tentou de tudo, mas a vida ficou insuportável.
Tentou voar para longe, e não conseguiu ir a lugar algum.
Tentou ficar pequenininha, quase invisível, mas não viu outra perspectiva para a vida.
Foi aí que, esgotada, vestiu-se de azul. Deitou, serenou e dormiu.
E sonhou.
Sonhou que voava através das núvens. Minúscula, facilmente desviou dos raios e da tempestade. E pode ver lá atrás de tudo, o Sol, que mais cedo ou mais tarde voltaria a brilhar.
Luah sorriu, mesmo dormindo.
E entendeu tudo.
Esta é. Assim é. Vida.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

A Aranha

A aranha nasceu e, desde pequeninha, iniciou seu aprendizado para que sua missão de vida fosse cumprida. 
Toda aranha que se preza, deve saber fazer uma boa, eficaz e resistente teia. Esta, colocada em local estratégico, providenciará os ítens fundamentais à vida de qualquer aranha.
Primeiro, o abrigo. Certeiramente tecida em meio a fortes galhos de pouca oscilação, a teia será sua proteção.
Segundo, o alimento. Camuflada em local onde haja pouca luz, será fácil capturar muitas e muitas presas que, bem embaladas, serão consumidas até o inverno do ano seguinte.
Terceiro, a manutenção da espécie. Com uma teia bem tecida, forte, e cheia de alimentos, será fácil atrair um macho que sirva de companheiro e reprodutor para toda uma vida.
Eis que surge uma aranha sabe-se lá de onde, que decidiu tecer sua teia onde fosse possível ver o sol do nascer até o último raio, Brilhando o dia todo, aquela teia era também perfumadíssima, visto que foi tecida em meio as flores. 
E cada dia era uma aventura. E cada dia foi uma surpresa.
E esta coisa de reproduzir ou não, não era vista como obrigatória. Um macho interessante, não era uma má ideia. Mas a ideia de dividir a teia com o mesmo macho para sempre, achava um pouco "demais".
Seguiu suas idéias e ideais. 
Batalhou, sofreu, repensou, chorou, riu, começou, recomeçou, quase desistiu, venceu e...viveu.
Grande amiga, interessante e companheira, é jóia rara.
Rara como as pessoas que tem coragem de viver a própria vida.

para Clarisse...

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Música do Meio da Semana

Bocca di Rosa, ao vivo, com Fabrizio di André
Acho que nem é preciso saber italiano para sentir esta música...